2010/05/01

Rios e Solano são dois actores cómicos ambulantes, perdidos no tempo e no espaço, e que se reencontram no “aqui” e “agora” da representação teatral.

Chegam ao teatro carregando um velho baú que contem todo o seu aparato teatral. Têm de apresentar ao público um espectáculo, mas as dúvidas, temores e inquietações que os atormentam, interrompem e atrasam constantemente a representação.

Recorrendo a diversos planos e dimensões no jogo da interpretação, a peça constitui uma reflexão sobre o ofício do actor, sobre a condição do espectador e sobre a necessidade humana de perdurar, de deixar uma marca, tornando-se assim uma metáfora da precariedade da própria condição humana.